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Almada | ‘Famoso crime’ relativo à Fonte da Telha foi arquivado

A informação foi prestada por Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, durante a reunião camarária que decorre esta tarde.

“Não posso deixar de lamentar que, quase volvidos quatro anos deste mandato, o grande contributo da CDU com tanta história e responsabilidades neste município, seja andar a fazer queixa ao Ministério Público” criticou a autarca.

“Já percebemos que quando pedem informações não é para apresentar nenhuma solução construtiva mas sim para descobrir motivos para apresentar mais queixas ao Ministério Público, às quais vamos respondendo, com a consciência tranquila e a calma de quem está empenhado pelo bem de Almada.

Mas não poderíamos deixar passar esta questão, de que ‘sabe bem’ ver arquivada esta queixa, embora que, se houver novos dados, cá estaremos para responder a esse ‘famoso crime’ que nunca existiu, talvez o nosso crime tenha sido preocuparmo-nos com as pessoas da Fonte da Telha ao fim de tantos anos.”

 Inês de Medeiros acrescentou ainda que “contive-me durante muito tempo, mas politicamente não podia deixar passar este momento e dizer que continuaremos a fazer pelo ambiente e por Almada no que não foi feito em 40 anos” e dirigiu as críticas ao executivo da CDU.

“Os processos continuam, temos um com a CCDRLVT, mas sabemos que podemos contar com o empenho da CDU para tentar travar tudo o que tenha a ver com o desenvolvimento de Almada.”

A edil referiu ainda que “obtivemos o parecer positivo condicionado sobre os acessos aos parques de estacionamento e aguardamos agora a decisão sobre a Estrada Florestal, mas não tenho dúvidas que estas obras podiam estar concluídas há um ano, não fosse o empenho da CDU em travar e fazer recuar o desenvolvimento em Almada, mas sobre o que foi feito na Fonte  da Telha, em quarenta anos ainda estamos à espera de ver qualquer coisa de equivalente.”

Em resposta, o vereador Joaquim Judas (CDU) sublinhou que “cabe à justiça decidir o que é da justiça, e acatamos o que a justiça decidir”, salientando que “ainda não fomos notificados sobre esse processo.

De maneira nenhuma nos sentiremos intimidados, enquanto queixosos, enquanto seja o que for que consideremos como motivo de queixa.”

Joaquim Judas frisou ainda que “em Almada sempre tivemos do lado do desenvolvimento, e se o problema das praias e da Estrada Florestal não foi resolvido, foi devido ao partido pelo qual a senhora presidente  concorre”, relembrando as várias reuniões mantidas com o Governo PSD/CDS e com o PS “que entendeu colocar grãos de areia no processo.

As questões foram sendo colocadas e há um vasto conjunto de pessoas que sabe o que foi decidido, e essa questão podia já estar resolvida há mais de quatro anos” e acusou ainda a presidente de “enfabular as coisas, porque conhece algumas partes do processo, mas não conhece o todo, mas poderemos esclarecê-la sobre isso e ajudar a que não se voltem a percorrer os mesmos caminhos”.

Miguel Salvado (PSD) e vereador responsável do andamento da obra, frisou que “continuamos orgulhosos da intervenção que fizemos na Fonte da Telha, que permite agora que pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebés, algo que era impensável ver ali.

E o tribunal vem dizer agora que aquilo que vocês defendiam não é verdade e não faz sentido, e ainda me lembro da vereadora Amélia Pardal dizer na televisão que aquilo era um crime ambiental, mas esta decisão é uma derrota para a CDU porque andou a dizer o que disse e agora percebeu-se, pelo menos judicialmente, que não viemos a ser acusados.”  

O vereador lamentou ainda que “a obra não esteja concluída, porque é importante que as pessoas percebam que tudo ficou a meio. Se alguém se preocupou a proteger aquele ecossistema fomos nós, e todos desejamos que a obra possa ser concluída.

A vereadora Amélia Pardal (CDU) optou por “não discutir essa matéria porque, estranhamente, não recebemos as deliberações e os despachos, mas o tempo dirá, relativamente às questões que colocámos, onde tínhamos ou não razão, e onde não tivermos essa razão, também o admitiremos. Agora, estamos absolutamente convictos do que dissemos e continuamos a dizê-lo”, frisando que “não está fechado o processo.

Também nunca dissemos que não queríamos requalificar a Fonte  da Telha, houve muita discussão sobre o assunto e sobre o Plano que tinha sido desenvolvido e que foi encerrado.”


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