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Adesão à greve na limpeza urbana de Almada com versões diferentes

A greve dos trabalhadores da limpeza da Câmara de Almada, em protesto contra os novos horários implementados, registou hoje uma adesão de 65%, segundo o sindicato, mas a autarquia garante que não houve paralisação.

Em declarações à Lusa, Pedro Rebelo, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), avançou que a greve registou no seu primeiro dia “uma adesão de 65%”, contabilizando também o período em que se iniciou, pelas 22h30 de quarta-feira, no qual se terá registado uma adesão de 100% dos trabalhadores da recolha urbana (cerca de 13 funcionários).

Do lado da Câmara Municipal de Almada, a vereadora da Higiene Urbana, Maria Teodolinda Silveira, frisou que hoje de manhã realizaram-se os oito circuitos previstos e que «ninguém aderiu à greve» e desmentiu também a adesão de 100% nesta madrugada, uma vez que o sindicato «está a contabilizar os trabalhadores que participaram nos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral» (20% do total de efetivos).

Na base do protesto estão os novos turnos implementados pela autarquia na terça-feira, que, segundo o STAL, foram «impostos» e condicionam a vida de cerca de 400 trabalhadores.

No Inverno os funcionários da limpeza urbana, responsáveis pela varredura e corte de ervas, trabalham das 08h00 às 16h00 e, no Verão, das 07h00 às 13h00, em regime de jornada contínua, mas o executivo, liderado por Inês de Medeiros (PS), acrescentou mais um turno das 12h30 às 18h30.

Em relação aos trabalhadores da recolha urbana, actualmente cumprem dois turnos rotativos, das 07h00 às 14h00 e das 22h30 às 05h30, mas a autarquia adicionou outro horário das 14h00 às 21h00.

Segundo Maria Teodolinda Silveira, os novos turnos foram a resposta encontrada para uma «dificuldade, uma vez que os horários existentes deixavam o serviço sem trabalhadores deste as 13h00 às 22h00», frisando ainda que «foi tudo pensado e conversado com os trabalhadores» embora não tenha ocorrido nenhuma reunião com o STAL a pedido do sindicato.

O STAL afirmou ainda que «o executivo tentou impor o serviço mínimo através de uma entidade contratada, não apenas para o dia de hoje, mas que tentou fazer sair cinco carros em vez dos quatro estipulados pelo Tribunal Arbitral», situação que a vereadora da Higiene Urbana desmente.

«Isso é tudo mentira, a autarquia tem uma viatura alugada permanentemente ao serviço que está cá desde janeiro até chegarem as novas e obviamente que ontem [quarta-feira] também iria prestar. Além dos serviços mínimos, claro que não fomos.»

Segundo o STAL, os trabalhadores pedem «o reforço de meios técnicos e humanos» em vez da «imposição de novos turnos» ao que Maria Teodolinda Silveira responde que este ano já foram investidos 3,5 milhões de euros na limpeza urbana, incluindo a contratação de 88 trabalhadores (64 para os quadros e 24 sazonais) e que estão a aguardar a chegada de oito viaturas de recolha de resíduos.


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