Opinião

Acreditar nos Jovens é Acreditar no Futuro

A vida é um sopro que se consome num instante, numa fração de segundos e sem se dar conta a estadia foi concluída.

Todo o caminho da existência, trata-se de uma viajem efémera, em que somos os grandes arquitetos do palco que pretendemos traçar. Somos uma energia, um foco de luz que a qualquer momento se esgota no ínfimo céu estrelado composto pelas almas do passado.

O silêncio ensurdecedor de todas as ideias que construímos nas nossas mentes, deve ser pulverizado pelo mundo, sendo um ponto de partida para pudermos marcar a diferença e transformar o amanhã num verso coordenado com a vontade de lapidar uma sociedade assimétrica. Deste modo, acredito na mudança e considero que os jovens são o futuro próximo, a voz adormecida que será a projeção da prosperidade e da edificação de uma coesão que tornará a tempestade na bonança que todos procuram à lupa encontrar.

É crucial tornarmos as hipóteses em certezas e os problemas em soluções, por meio de credibilizar o sistema. É vital moldarmos e esculpirmos o nosso lar, sob pena de sucumbirmos com o espetro petrificado do outrora. É a nossa Hora! É hora de acreditarem no poder que os jovens têm de criar um futuro melhor, longe da demência, da cleptocracia e cada vez mais próximo da meritocracia, da plena comunhão com todos os cidadãos e não branqueando a usura que muitos ousam vestir.

É a missão de qualquer político servir! E não se servir a si! Política é acreditar na mudança, na coesão e convergência da sociedade. É ser humano e não estar num determinado cargo elegível, esquecendo o clamor de todos os seus contemporâneos, pares, ouvindo unicamente os seus botões.

O singular propósito de credibilizar a política é o de iniciar uma senda aproximada da cultura da verdade sem máscaras nem ilusões, sem opacidade que afasta e alimenta a abstenção, isto é, o total desinteresse por quem toma o leme de um Estado Democrático.

É necessário não guardar na gaveta os princípios e a dignidade patrimonial de um partido para se chegar a um determinado elemento teleológico que fere e ameaça aquilo que muitos dão por garantido, a democracia.

A tentação do protagonismo e da elevação do ego singular, torna os sonhos em pesadelos, destruindo qualquer jardim que propicie o crescimento das sementes que amanhã serão o veredicto da eternidade, alinhada com a multiplicação da vontade de tornar a política num cenário que a dignifique e a faça voltar a ser algo maior que todos nós e não o combustível de alguns. O “fechar em copas” não ajuda a democratização de um Estado de Direito, fomenta o vazio e hipoteca a autonomia herdada pelo 25 de abril de 1974.

É imprescindível voltar a acreditar nas instituições democráticas, sendo que todo este caminho de “silvas”, poderá um dia ser um trilho límpido e harmónico. Apostem nos vossos jovens, não os deixem refugiar-se noutros países porque o seu não lhes oferece condições dignas de trabalho, mas sim, uma mão cheia de nada, que não passa de uma venda de sonhos que começa desde criança. Os pais sentenciam para o seu reflexo que um dia puderam-se sentir completos e abraçados nas suas casas, não obstante Portugal tem de criar incentivos apelativos que façam os jovens querer construir o seu lar onde nasceram e não pelo contrário, abrir-lhes a porta de despedida intemporal.

A classe política tem de ser capaz de dirimir este flagelo de imigração jovem, eu acredito que é possível, porém é medular que se dê mais credibilidade aos mais novos e não delapidar e desprezar todo o seu potencial. Digo isto a nível das empresas, da política. Como é que existem empregos em que se pedem 3 anos de experiência profissional a um pupilo que acabou recentemente a universidade? Como é que um nascituro poderá emergir, quando poucos acreditam nas suas skills no início do seu roteiro? Ao se fazer este tipo de seleções, limitamos um sonho, bem como, não apostamos na colheita do futuro que tem uma imensurável fome de vencer, pujante e sui generis. Paralelamente, na política é pilar que se dê mais espaço aos jovens para florescer, deixando de os colocar nas listas em lugares inelegíveis, só para parecer politicamente correto e para puderem de boca cheia apregoar, “Nós apostamos nos jovens!”, quando na verdade é mais uma utopia e ficção para caçar votos e furtar aspirações.

A comunicação social poderia ser um grande auxílio em toda esta mudança, começando por deixar os jovens comentar assuntos políticos da atualidade nos seus canais, não deixando em singelo esse juízo para os mais velhos. Esta cobertura poderia ser o início da esperança, de uma meta que trará força de espírito, semeando fé até nos mais descrentes. Deixando deste modo, os jovens espalharem a sua mensagem, sintonizando a população com soluções inovadoras, fora da caixa, podendo muitas vezes e até aos dias de hoje ter sido incomodativa e estática para aqueles que são incapazes de dizer que o seu tempo já passou, sendo a vez da perspectiva afastada da doutrinação e virgem de pensamento.

Esta maratona de metamorfose será morosa, contudo, com tenacidade e sem receio dos embates, será possível conquistar o amanhã.


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