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A Ponte que de Salazar passou a Abril

Milhares de pessoas cruzam todos os dias a estrutura da Ponte 25 de Abril, inaugurada a 6 de Agosto de 1966 como ‘Ponte Salazar’, denominação defendida ainda hoje por muitos que entendem ser de justiça ‘dar o seu a seu dono’.

Com um comprimento de 2.277,64 metros e uma altura máxima de 70 metros, é a 33.ª maior ponte suspensa do mundo, e atravessa o estuário do Tejo na parte final e mais estreita, designado gargalo do Tejo.

O projecto, com a designação «Ponte sobre o Tejo» foi elaborado durante o governo do Estado Novo, na década de cinquenta do século passado, embora desde o século XIX existissem ideias para ligar as duas margens do estuário do Tejo, inicialmente entre Lisboa e o Montijo, em 1876.

Após a inauguração da Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira, em 21 de Dezembro de 1951, e o alargamento do serviço fluvial entre Cacilhas e Lisboa, o projecto foi sendo adiado, até serem notórios os problemas criados com o acelerado crescimento do tráfego entre Almada e Lisboa.

Uma portaria de 16 de Junho de 1953 do Ministério das Obras Públicas e Comunicações ordenou a formação de uma comissão técnica para estudar o problema e as soluções ferroviárias e rodoviárias.

O concurso público internacional abriu a 27 de Abril de 1959, ao qual concorreram quatro empresas, e ganhou a United States Steel Export Company, com uma proposta no valor de 1.764,190 contos, estipulando a conclusão das obras até Fevereiro de 1967.

A obra de construção iniciou-se a 5 de Novembro de 1962 e terminou quatro anos depois em 1966, seis meses antes do previsto, vindo a ser inaugurada a 6 de Agosto desse ano, na altura apenas com um tabuleiro rodoviário.

O dia da inauguração teve o primeiro dos milhares de engarrafamentos a que esta via assistiu nos seus 56 anos de existência, porque a curiosidade dos que possuíam automóvel foi imensa, após a cerimónia a que presidiram o Presidente da República, Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomás, o Presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar e o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.

Embora estivesse prevista a utilização ferroviária desde a sua inauguração, este apenas viria a ser realidade a partir de 29 de Julho de 1999.

Antes disso, a Ponte viria aumentar o número de faixas de rodagem e também o nome mudaria, para assinalar a Revolução dos Cravos de 1974.

Ate Março de 2030, as concessões da Ponte 25 de Abril e Ponte Vasco da Gama estão entregues à Lusoponte.


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