Editorial

A minha liberdade começa quando acaba a do meu vizinho!

Tive o prazer de ser acompanhado por alguns minutos pelo vereador do MIM da Câmara Municipal de Palmela, José Calado, que me dizia a mim e à equipa que estava comigo a fazer a cobertura daquela guerra campal, que aquele cenário de um autêntico filme de gângsteres de Hollywood, era o retrato da atual sociedade civil que temos.

E é uma realidade, pois mais de 100 jovens com idades compreendidas entre os 15 e 20 anos em poucos minutos deixaram a vida normal de uma vila, num autêntico caos, mais parecia um dia daqueles jogos onde duas grandes equipas confrontam-se e as claques também, assim estava a pacata vila de Pinhal Novo.

Aqui o ditado não se aplica, aqui o ditado é esmagado pela falta de coerência das camadas jovens, que em vez de estarem nas escolas ou até nos empregos, não, marcam confrontos pelas redes sociais e esse é o seu objetivo de vida, a delinquência, uma delinquência que vive acima de qualquer lei e de qualquer autoridade.

Infelizmente isto é o resultado do panorama da nossa Assembleia da República, onde temos atualmente de tudo, e quando falo de tudo é nas questões sociais, temos um deputado que leva tudo à frente com radicalismo ao extremo e depois temos outra deputada que o seu objetivo essencial é o incentivo ao ódio e ao racismo.

E pelo meio deputados que fecham coniventemente os olhos a certos casos, mas fazem grandes trágico-comédias quando esses casos ocorrem com figuras públicas.

Claro que casos como o que se passou em Pinhal Novo, vão acontecer mais vezes.

Não existem regras para estes jovens, que em pleno jardim da vila, com a igreja e a casa mortuária onde na altura decorria um velório, provocaram uma autêntica guerra campal, guerra essa que até deu origem a invasões de jovens ao quartel dos bombeiros, à mobilização de dezenas de militares e meios da GNR e ao encerramento de estabelecimentos comerciais.

E tudo isto, mercê das leis em Portugal ficará, como acontece sempre, completamente impune.

Questiono-me muitas vezes, onde estão os valores e a disciplina desta sociedade, que futuro queremos todos nós para os jovens do amanhã? É caso para se dizer: A minha liberdade começa quando acaba a do meu vizinho e vice-versa.


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