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«A Cultura em Portugal está a colapsar!»

É sobre este lema que a APEFE – Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos organiza este sábado, 21 de Novembro, uma «Manifestação pela Cultura», a partir das 10h30 no Campo Pequeno, Lisboa.

A Direção da Associação divulgou também um manifesto no qual considera que «é chegado o momento dos decisores políticos nos dizerem o que querem para Portugal no que respeita à Cultura e às manifestações artísticas e de nos dizerem, a todos nós, a 130.000 trabalhadores deste país, se somos merecedores de um tratamento e de um olhar em detalhe para o nosso sector pois acreditamos que somos um bem essencial na sociedade».

Responsável por mais de 80% das receitas de bilheteira, o sector privado da Cultura foi um dos mais afectados desde o início da pandemia, com uma quebra no período de Janeiro a Outubro na ordem dos 87% face ao ano anterior, situação que se agravou ainda mais com o confinamento obrigatório, prevendo o sector uma quebra na ordem dos 90% até ao final do ano.

Os responsáveis do sector querem que o Governo responda se «fechamos Auditórios, Salas de Espectáculos, Teatros? Vale a pena manter as Galerias e promover Exposições? Para que serve afinal um Centro Cultural ou um Teatro? E os Festivais de Cinema e as Salas de Exibição de filmes? O que dizer das livrarias? Acabamos com os festivais e com os concertos? E o que dizer de toda a cadeia de valor associada às actividades artísticas e culturais? E os cruzamentos com os outros sectores da Economia?».

A APEFE e os seus associados «que estão sem chão», consideram «urgente evitar um dos maiores colapsos na nossa sociedade; evitar o aumento dos desempregados (sabendo que nem todos terão acesso a este apoio do Estado); evitar as falências e as insolvências das empresas; e travar as mudanças de profissão com a perda de competências altamente qualificadas».

Por esse motivo, no manifesto reclamam «um apoio a fundo perdido da ‘Bazuca Europeia’ correspondente a 20% da quebra de facturação das empresas e a 40% no rendimento de artistas, técnicos e profissionais dos espectáculos, vulgo “intermitentes”, a ser pago em duodécimos, de Janeiro a Dezembro de 2021»; o adiamento, por mais um ano, das moratórias e dos créditos empresarias até Setembro de 2022; o acesso a linhas de crédito com carência de capital por 1 ano e meio e máximo 1% de spread e comissões bancárias incluídas e ainda que «não afastem o público, sabendo que todos os espectáculos ao vivo são realizados de acordo com a regras sanitárias».


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