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A Costa da Caparica voltou a ser o palco da Conferência Translational Forensics

Nos dias 14,15 e 16 de novembro, a Costa da Caparica recebeu a 3ª edição da Conferência Translational Forensics no Hotel TRYP Lisboa Caparica, na qual estiveram presentes vários profissionais cotados da área, tais como Simona Francese, Roberto King, Marcel de Puilt, Niels Morling, Carlos Cordeiro, entre outros.

Esta conferência foi promovida e organizada pela empresa BIOSCOPE Research Group, que teve como parceiros para o evento a FCT-UNL, a Universidade Nova de Lisboa, o LAQV-Requimte, a Sociedade Portuguesa de Química, a CMA, a TAP, entre outros. Os patrocinadores do evento foram a Bruker, a renomeada empresa americana fabricante de ferramentas científicas, entre outros.

Durante o primeiro dia, a convenção teve a maior afluência de apresentações contando com a presença de 38 oradores. Dennis A. Cusack, o presidente do Conselho Europeu de Medicina Legal, foi um dos oradores presentes, e debateu a importância da investigação forense e patológica na averiguação de casos em que a morte foi causada pelo Covid-19.

No segundo dia, a Forensics deu espaço à apresentação de 4 oradores, tal como Giaocomo Musile, que reforçou a importância de um método mais rápido e preciso no local de crime, utilizando um dispositivo microfluídico à base de papel para identificar a presença de ADN, estupefacientes, entre outros.

No último dia, a conferência contou com a presença de 14 oradores, tal como Roberto King, associado da Foster + Freeman no Reino Unido, que apresentou como as marcas de dedos, em munições disparadas, podem conter o material genético suficiente para encontrar o suspeito de um crime.

King explicitou na conferência que a partir deste método poderá investigar casos que foram arquivados, exemplificando com um crime com mais de 30 anos na Flórida que foi desvendado a partir deste método, ao analisar a marca dos dedos nas balas disparadas.

Em entrevista ao Diário do Distrito, o professor-investigador e cofundador da BIOSCOPE, José Luis Capelo, referiu que o motivo por ter realizado uma conferência desta magnitude deve-se “ao ter percebido que a comunidade forense está dispersa pelo mundo fora, o que resulta em não haver um contacto frequente entre os profissionais sobre as suas pesquisas.” e que “as ciências forenses são um tema muito interessante para os estudantes universitários”.

O renomeado investigador mencionou ainda que um dos objetivos da conferência é realçar as novas técnicas forenses, visto que “a polícia não consegue chegar às novas técnicas disponíveis, e isso faz com que muitas vezes haja informação para conseguir culpar um culpado, mas para conseguir não culpar um inocente também”.

Aquando questionado com o porquê da escolha da Costa da Caparica como local para todos os congressos da BIOSCOPE, José Capelo afirmou “Todas as minhas conferências são feitas na Costa da Caparica, porque é uma forma de enriquecer culturalmente esta terra, na qual resido há mais de 20 anos e considero-me Caparicano”.

Para 2023, a BIOSCOPE, empresa pioneira em espectrometria de massa em proteómicas, tem já 4 congressos agendados na Costa da Caparica no Verão e no final do ano.


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