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A corrida de Nuno Canta às autárquicas com o compromisso de “Recuperar o Montijo da pandemia”

A cerimónia começou com palavras de apreço por parte do mandatário da candidatura, o professor Francisco Santos.  “Estamos a falar de alguém que conhece muito bem o concelho do Montijo”, reforça enquanto procura sublinhar o tanto que o presidente tem vindo a contribuir para a modernização e valorização do município.

Não deixou de destacar os anos que o candidato tem colocado ao serviço dos montijenses, enquanto define como prioritária a educação e a ação social em contexto pandémico. Para o professor, não existem dúvidas de que os montijenses responderão de forma positiva ao elegerem novamente Nuno Canta como presidente do município.

Também o presidente da federação distrital se fez presente, não podendo deixar de afirmar o voto de confiança depositado no candidato.

Nas palavras de António Mendonça Mendes, o município do Montijo tem sido a capital do Partido Socialista, apoiando-se nos seus candidatos desde 1997, mas não deixa de apontar os desafios que acarreta num mandato a ser ganho pelo PS. Apelos à igualdade na habitação, aos apoios para a emancipação dos jovens e a uma maior facilidade de mobilidade no município são parte dos desafios que reconhece serem prioritários neste novo mandato.

Por sua vez, José Luís Carneiro não conteve o seu apreço por todos os que têm trabalhado em prol do Partido Socialista, relembrando aquela que considera ser a rápida resposta do governo ao atual contexto pandémico, quer no controlo do desemprego como na organização da vacinação, com a obtenção de 50% de imunidade de grupo.

“A gestão da crise, foi uma gestão que teve a marca dos valores do socialismo-democrático que nós temos defendido no exercício de funções governativas, parlamentares e à frente das nossas autarquias”, sublinha o atual secretário-geral adjunto do PS.

Quanto ao Montijo, destaca-o como sendo “um bom exemplo do acerto das políticas públicas” que vêm sendo desenvolvidas, sublinhando as políticas de educação, de preservação e manutenção do espaço público, no melhoramento das condições infraestruturais do município.

Para Nuno Canta, os resultados que alcançou até agora não são sinal de trabalho finalizado e sublinha o desejo de permanecer, neste mandato, ao lado dos montijenses a trabalhar. “Estamos preparados para uma nova geração de políticas de habitação, dando prioridade à reabilitação urbana e a casas a custos controlados para as famílias montijenses”, sublinha o candidato.

Reforça os apoios que têm sido dados aos espaços sociais, aos mais vulneráveis em tempos de pandemia, no investimento dado às empresas e no aeroporto do Montijo como resposta à pandemia e fonte de criação de emprego.

O compromisso que deixa aos montijenses é “recuperar o Montijo da pandemia, com mais investimento, com mais empresas e com mais emprego, com mais espaços públicos”, mantendo assim o município como o mais atrativo a nível nacional.

A ganhar, prometem investir em mais habitação e na criação de um novo Estádio Municipal, na construção de mais centros de saúde e contratação de mais funcionários de saúde, no apoio ao estabelecimento prisional de Canha e na luta pelo novo aeroporto.

Também Fernando Pinto e Inês de Medeiros se fizeram presentes no evento de modo a apoiarem aquela que esperam ser a vitória de Nuno Canta e de Catarina Marcelino já em setembro.

O Diário do Distrito esteve à conversa com o candidato e damos a conhecer o testemunho do atual presidente nas linhas que se seguem:

Que importância tem o dia de candidatura para si?

É um dia em que se traça uma estratégia, se apresentam ideias para o Montijo e apresentamos a nossa visão de cidade. É um ato de transparência e democracia em que apresentamos a forma como olhamos para o Montijo e em que os cidadãos, não só os que estiveram aqui, mas também os que nos acompanharam via livestreaming, podem observar e comparar candidaturas.

É um ato de honestidade que nos permite obviamente mostrar para o que se vem e ainda se torna mais simbólico perante este contexto de pandemia em que vivemos. Tivemos grande dificuldade em fazer aparições políticas e contacto com as pessoas, que muito nos toca em proximidade com os cidadãos.

Tem este ato simbólico de nos voltarmos a encontrar, com sala cheia e sempre cumprindo as condições impostas pela DGS e respeitando as distâncias físicas entre as pessoas.

Como vai ser feita a campanha a partir daqui?

Em princípio, as nossas expectativas era ter alguma abertura para fazer campanha em setembro, bem o queríamos. Agora vamos ter um período em que as férias imperam mais das pessoas. Na segunda quinzena de agosto iremos também apresentar, junto das Juntas, cada candidato. Fazemos esses atos públicos de apresentação.

A maneira como aqui vemos a democracia, a política e a ética democrática é trabalharmos para mostrar aos cidadãos a nossa visão e a forma como pretendemos governar nos próximos 4 anos.

Qual a importância estratégica de ter a concelhia toda do PS?

Quero apenas frisar que tivemos aqui muitos militantes do PS, mas também no evento se fizeram presentes muitos simpatizantes e muitos independentes, muitos empresários. Tivemos uma plateia muito eclética, não apenas com membros da concelhia.

Mas importa referir que tenho todo o apoio do Partido e tive sempre o apoio do Partido Socialista, da concelhia e até do secretário-geral.

Relativamente ao aeroporto, tem a convicção que será feito neste mandato?

Eu considero que a questão do aeroportuário foi algo bloqueado pela oposição e também pela questão de, na Assembleia da República, se ter votado por uma avaliação ambiental estratégica, pondo em causa todo o processo ambiental que estava aqui desenvolvido.

Toda a oposição que, neste momento, preenche a Câmara Municipal do Montijo, no caso do PSD e da CDU, votaram contra esta decisão. Para nós é algo que prejudica e empobrece o Montijo, por isso também a trazemos a discussão. É um assunto de tal magnitude para o desenvolvimento da terra e para o emprego dos jovens que se torna verdadeiramente crucial lutar.

Vamos ter mais um ano de estudos ambientais, mas temos a convicção que a nossa localização é mais capaz do que a opção de Alcochete ou outra qualquer e, portanto, poderá ter ganhos sucessivos comparativamente.

Nós, no Montijo, não necessitamos de derrubar árvores para a construção de pistas. Estas já existem provenientes da Base Aérea. Seria apenas necessário reconverter essas pistas num aeroporto civil. No caso do Campo de Tiro de Alcochete, seria necessário derrubar uma floresta para construir pistas. O derrube da floresta, tem efeitos ambientais negativos e é um elemento que vai pesar na balança como negativo e não como positivo.

Claro que depois pode haver outras coisas positivas lá comparativamente com a nossa localização, mas este em particular é muito negativo. A floresta que existe no Campo de Tiro de Alcochete é muito baseada no montado de sobro e o sobreiro é uma árvore protegida por lei. Esta questão vai pender de forma muito negativa.

O problema aqui foi que tudo foi desenvolvido em questões económicas. Havia um estudo que viabilizava economicamente e com orçamentos para a construção do aeroporto e havia um estudo que mostrava que o aeroporto era seguro do ponto de vista de descolagem e aterragem dos aviões e havia também um terceiro estudo, ambiental, que mostrava que a localização do aeroporto era compatível com o ambiente. Faltou apenas o parecer positivo das Câmaras da CDU para esta construção e também é algo que está em jogo nestas autárquicas.


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