Esta semana um artigo de opinião de Marlene Pires Abrantes, acerca da sinalética instalada na freguesia de Amora.
Recentemente a Comissão Política Concelhia do CDS-PP Seixal colocou uma estrutura de muppie com a mensagem: “Bem-vindo à cidade de Amora”.
Esta iniciativa, que vem na sequência da reivindicação dos Amorenses pela colocação da toponímia, aconteceu após a pergunta que o eleito do CDS-PP João Rebelo enviou à autarquia relativamente à colocação das placas, e teve a colaboração de alguns Amorenses, que se prontificaram desde logo e a quem agradeço a participação.
A divulgação desta iniciativa trouxe comentários que muito me surpreenderam, começando no Presidente da Assembleia de Freguesia de Amora a chamar os Amorenses de parolos, e a afirmar ainda que achava que o Fogueteiro pertence a Fernão Ferro, e terminando em munícipes que não sabiam que a Amora é cidade.
Esta particularidade deve-se às políticas da Câmara do Seixal, que em abono da verdade, não se tem dedicado à Amora, que apesar de ter sido elevada a cidade há 25 anos, a autarquia comemora a elevação a vila… Não acha curioso?
E eis que duas semanas após a colocação do nosso muppie, a autarquia coloca uma estrutura indicativa do início da Amora, em formato de cone de gelado com as cores da bandeira da Rússia (e pela ordem branco, azul e vermelho) não podia ser mais estalinista. Para além deste detalhe, “Amora”, que está escrita em minúsculas da primeira à última vogal, quase é necessário ler com uma lupa, o que contrasta com as letras garrafais com que está escrito Seixal. Esta diferença é gritante e inegável! E veja bem, caro leitor, com todos os protestos contra aquela “peça”, na minha opinião feita à pressa, numa das entradas da Amora, a autarquia transmite que aquilo era apenas experimental, uma experiência que tem um custo que ninguém conhece.
Recusam-se a assumir que só colocaram “aquilo” depois do desconforto causado pelo muppie que o CDS-PP Seixal colocou com a colaboração de Amorenses. Arrisco a dizer, que “aquilo” que ali está nunca mais vai sair dali.
Voltando atrás, em setembro de 2018, o CDS-PP Seixal foi ouvido na autarquia no âmbito do estatuto de oposição, onde colocámos diversas questões relativamente à Amora, nomeadamente:
Possibilidade de comprar a Quinta do Infante? – Está em estudo (agora já não precisa de estudos, uma vez que já foi vendida e autarquia tinha direito de preferência);
Para quando a requalificação da biblioteca de Amora? – Vai sair dali depois de ser integrada no futuro Centro Cultural de Amora.
Para quando está previsto o Centro Cultural de Amora? – Está em fase de especialidade (como quase tudo);
Para quando o Pavilhão Multiusos do Seixal (na Amora!!)? – Está em fase de estudo (mais uma vez fase de estudo)
Para quando as obras no mercado da Cruz de Pau? – Irão começar em outubro (2018), será em 2 fases, uma vez que não irão fechar o mercado. De momento, estão paradas, sem previsão de reinício (já parecem as piscinas de Paio Pires);
Estado dos passeios e higiene urbana – O presidente da Câmara reconheceu que os passeios estão desnivelados, mas estão a trabalhar com os presidentes de Junta para resolver. Quanto à higiene urbana, vão recrutar 60 trabalhadores (lembro, informação de 2018) para melhorar esse aspeto. Acrescentou que com a descentralização de competências, o mobiliário urbano ficou a cargo das Juntas de Freguesia.
Se estava prevista a aquisição do Muxito? – A Câmara do Seixal quis comprar aquilo, mas eles não vendem e, portanto, não podem fazer nada. (Mesmo que pudessem fazer, ia estar em fase de estudo até as galinhas ganharem dentes);
Para quando a estátuas/ monumentos de homenagem aos vidreiros, Pedro Eanes Lobato e corticeiros? A estátua de homenagem aos vidreiros será colocada em janeiro, as restantes não têm previsão (de facto a primeira foi colocada, mas não em janeiro).
Palavras de ordem da autarquia: Em estudo, em especialidade, vai ser feito, etc…
A nossa palavra de ordem: é urgente devolver a Amora aos Amorenses!
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