Opinião

30 de Janeiro: Socialismo ou Liberdade?

Dois anos depois das últimas eleições legislativas, os portugueses serão chamados novamente às urnas dia 30 de Janeiro, a “Geringonça” tal como a conhecíamos, acabou. António Costa, por estar cansado das exigências dos seus parceiros ou por cálculo político, não quis ir além daquilo que o Orçamento de Estado obriga, nomeadamente não quis mexer na lei laboral, e com isso “obrigou” PCP e BE a votarem contra o OE e Marcelo, sendo coerente com o que já tinha prometido, não teve outra alternativa senão dissolver o parlamento.

Importa perceber como estamos depois de 6 anos de uma experiência de poder inédita em Portugal, nunca antes PCP e BE tinham sido tão coniventes de uma solução governativa, o mesmo é dizer, nunca antes estes partidos tinham dado aval a um único Orçamento de Estado. Desta vez foi diferente, para o bem e para o mal, quer gostem ou não, a marca destes partidos está nestes 6 anos.

Na verdade, a pandemia será agora usada para tentar escamotear aquilo que está à vista de todos, os portugueses estão mais pobres. E a realidade é esta, também estariam mais pobres se não tivesse havido pandemia. Entre 2000 e 2019, a economia portuguesa estagnou, durante este período de tempo o crescimento económico foi residual, 0,5%, se analisarmos o período de tempo entre 2000-2019, Portugal cresceu 40% em termos acumulados e a Irlanda 270%. Já no período 200-2019, Portugal cresceu 12% em termos acumulados e a Irlanda, no mesmo período, cresceu 135%, também em termos acumulados (estes dados constam do livro “Portugal: Liberdade e Esperança” de Joaquim Miranda Sarmento).

Jerónimo de Sousa e Catarina Martins dizem-nos agora que o único motivo pelo qual armaram a “Geringonça” com o PS foi para acabar com o governo da “Troika”, esse malfadado governo que privatizou a TAP, retirou rendimentos e “destruiu” o SNS. Importa agora perguntar, qual é o legado da “Geringonça”?

No que diz respeito à TAP, o cenário é aterrador, os prejuízos foram em 2020 de 1,230 milhões euros e a previsão é que a companhia venha a precisar até 2024 de 3,7 mil milhões, que virão não de um investidor privado caso a companhia se mantivesse privada, mas de todos nós, visto que é uma companhia pública.

Esta solução governativa baseou a sua narrativa na “devolução de rendimentos”, mas na realidade o que fez foi dar com uma mão e tirar com a outra, ou seja, aumentando impostos indirectos, que penalizam todos por igual, como no caso dos impostos sobre produtos petrolíferos. Não houve, portanto nenhuma “devolução de rendimentos”, todos já o percebemos, e foi por isso que nem BE nem PCP quiseram continuar com a farsa.

Na saúde a desgraça é igual, senão maior, o Serviço Nacional de Saúde colapsou, dedicou toda a sua atenção à pandemia Covid-19, esquecendo os doentes crónicos, adiando cirurgias oncológicas prioritárias e cancelando rastreios oncológicos que custarão vidas no futuro.

Dia 30 de Janeiro podemos começar de novo, precisamos de um novo começo, com liberdade e esperança, mas para isso precisamos de um espaço não socialista forte, focado e capaz de apresentar ao país uma alternativa responsável, mas também corajosa, que tenha como âncora a liberdade política e económica. Moedas consegui aquilo que muitos consideraram impossível, derrotar a coligação PS-Livre em Lisboa, tendo como slogan “Novos Tempos”. É disso mesmo que precisamos, novos tempos, novas políticas, e sobretudo, novas pessoas.

 


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