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25.ª edição do Festival Queijo, Pão e Vinho já mexe

O tempo passa a correr, que o digam os organizadores do Festival do Queijo, Pão e Vinho, que este ano celebra 25 anos e decorre de 5 a 7 de Abril, em S. Gonçalo, Quinta do Anjo.

O Festival vai contar com 55 expositores, 41 dos quais produtores locais, sendo 10 queijarias, 17/18 produtores de vinhos, 2 produtores de mel, 4 de pão e ainda produtores de doçaria regional e licores; e o programa vai incluir 36 actividades diferenciadas, entre gastronomia, cultura, desporto e ainda pastorícia, sendo a expectativa da organização entre 16 a 17 mil visitantes, com a entrada ao valor quase simbólico de 1 euro.

E em ano de celebração, nada melhor que apresentar novidades, como o projecto ‘Adopte uma Saloia’ (já lá iremos), aulas de fabrico de pão com Pedro Lima, do projecto Moinhos Vivos, e ainda um apelo da Junta de Freguesia da Quinta do Anjo para que os visitantes “tornem este evento mais sustentável e ecológico, adoptando medidas de redução do lixo e reciclagem deste”.

Foi António Mestre, presidente da Junta, quem iniciou a conferência de imprensa que esta tarde deu a conhecer à comunicação social o programa e as novidades, frisando o trabalho “que a equipa da Junta realizou neste espaço durante mais de mês e meio. Enquanto entidade o aumento financeiro à organização foi de 50% por cento, o que em números reais se traduz por mais 750 euros, mas creio que é também de grande importância todo o trabalho logístico que aqui é realizado”.

A “forte presença do nosso movimento associativo na programação cultural do Festival” foi outro dos pontos destacados pelo edil, que desejou “pelo menos que este evento dure mais 25 anos”.

Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela salientou “o número redondo que se completa este ano, e que vem demonstrar que esta aposta do município está ganha”, mas relembrou que “é importante que não se perca o que distingue este evento de todos os outros, no seu carácter gastronómico e dos valores da Arrábida, além da novidade que este ano nos traz  de protecção da pastorícia e da raça ovina ‘saloia’. Criámos uma marca e um investimento que temos de manter.”

O presidente referiu depois o projecto ‘Adoptar uma Saloia’ (ainda não vamos revelar), e a criação do Núcleo da Ovelha e do Grupo de Amigos da Saloia, “uma prova da pretensão e da consolidação do Festival para garantir mais 25 anos”.

A presença do município de Silves volta a repetir-se “mercê da parceria que Palmela tem com esse concelho, no qual estamos presentes nos seus eventos com os nossos produtos” e deixou ainda o desejo de que “o S. Pedro se porte bem e nos deixe ter Sol durante todo o evento”.

Francisco Macheta, presidente da ARCOLSA – Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, que organiza o Festival, agradeceu à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia “por todo o apoio ao longo dos meses, na construção dos novos espaços e em toda a logística, valores que não se contabilizam”.

Passou depois à apresentação do programa, que este ano vai contar novamente com as ‘Corridas de Ovelhas’, “que duram cerca de sete segundos mas são muito divertidas e que atraem sempre muita gente; esperemos que o tempo esteja bom para conseguirmos realizar os concursos de tosquia e todas as actividades equestres com a parceria da Quinta dos Barreiros.

Retomamos também a parceria com a AutoEuropa e com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril com pratos que incluem o queijo de Azeitão e a maçã riscadinha e teremos o concurso de queijo de Azeitão que este ano terá também a participação de produtores de manteiga de ovelha e queijos secos.”

‘Adopte uma Saloia’

Chegámos então a esta proposta que o Festival vai fazer neste ano de aniversário e que vai permitir a particulares ou empresas apadrinhar uma ovelha da raça saloia.

Além do carácter de certa forma lúdico deste apadrinhamento, está também em causa a tentativa de evitar a extinção desta raça de ovelhas, típicas da região de Palmela.

“Trata-se de uma raça autóctone desta região, que já chegou a ter 16 mil indivíduos mas que no registo genealógico actual conta apenas com cerca de 2.000 ovelhas, pelo que está praticamente extinta” explicou Francisco Macheta.

O espaço da ARCOLSA vai passar a contar, além do Museu do Ovelheiro, com um espaço próprio para um pequeno rebanho, e o seu tratamento diário, da alimentação à ordenha.

“Pretendemos criar aqui uma reserva genética dessa raça, teremos 10 animais cedidos pelo proprietário da Coutada da Quinta Velha, e um macho que também nos será cedido.

Dessa criação, serão depois cedidos animais a produtores. A ideia é pedir a empresas ou particulares que adoptem uma das ovelhas, podendo baptizá-la, e depois participar nas actividades aqui na ARCOLSA, mediante um pagamento mensal e uma jóia.”


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